Abstract

A intensificação da simbiose entre as esferas pública e privada é coetânea das mutações operadas em nível macrossocial, derivadas, sobretudo, dos processos de reforma do Estado e das mudanças no mundo do trabalho. Neste artigo colocaremos em relevo os arenosos terrenos do espaço público e a expansão da intervenção do setor privado. Recuperamos os discursos, políticas e práticas do empresariado para a educação escolar mediante os dispositivos da responsabilidade social empresarial e do trabalho voluntário. Evidencia-se que esses mecanismos estão em consonância com a lógica mercantil do capitalismo neoclássico mediante duas dimensões: a ambientação do (futuro) trabalhador aos processos de reestruturação produtiva e a naturalização da "solidariedade entre emprego e não-emprego", por meio do "trabalho voluntário" neste novo ciclo de produção da mais-valia.

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