Abstract
Registrar em perspectiva histórico-sociológica traços da dinâmica cultural que possibilitaram a estruturação do sistema escolar rural londrinense constitui o propósito mais imediato deste artigo. Visualizando a escolarização rural através do fio condutor da diversidade sociocultural, foi possível revelar a presença da educação jesuítica na região onde se formou o município de Londrina, bem como outras experiências escolares de características étnicas que representavam a modernidade laica e burguesa. Esse olhar, um entre tantos possíveis, permite focalizar a complexidade dos processos educativos.
Highlights
A pmtir de 1850, novas tentativas de ocupação dos sertões do norte do estado do Paraná resultaram na instalação da Colônia Militar de Jataí e do aldeamento de São Pedro de Alcântara onde viviam escra vos/negros, índios e os brancos que governavam as relações sociais: o padre, o administrador, o mestre-escola, funcionários, entre outros
Obviamente não há como ignorar que a modernidade educaci onal, representada pela escola laica, burguesa, nacional, é inaugurada a partir das práticas desenvolvi das pelos imigrantes que chegavam à região, desde 1930, como portadores de saberes e fazeres desconhecidos pela rarefeita popula ção préexistente, cujas necessidades educacionais eram satisfeitas no cotidiano vivido
A Conquista Espiritual : Feita pelos religio sos da Companhia de Jesus nas Provincias do Paraguai, Paraná, Uruguai e Tape
Summary
Registrar em perspectiva hi stórico-sociológica traços da dinâmica cultural que pos sibilitaram a estruturação do sistema escolar rural londrinense constitui o propósito mais imediato deste altigo. Introdução o s momentos mais definidos da escolarização rural podem ser divididos da seguinte forma: antes de 1930, quando o território em que se formou Londrina era ocupado por índios, caboclos e uns poucos negros. A pmtir de 1850, novas tentativas de ocupação dos sertões do norte do estado do Paraná resultaram na instalação da Colônia Militar de Jataí e do aldeamento de São Pedro de Alcântara onde viviam escra vos/negros, índios e os brancos que governavam as relações sociais: o padre, o administrador, o mestre-escola, funcionários, entre outros. Dentro desse universo fi cou esquecida a experiência escolar jesuítica do século XVII e a edu cação catequética realizada sob orientação dos padres capuchinhos, Revista Mediações, Londrina, v.6, n.l ,p.187·196,jan./jun.2001 no século XIX, que também foi encoberta, silenciada. A alfabetização era somente uma parte da tarefa a ser empreendida, no sentido de "civilizar" ou moralizar o caboclo, pois, mesmo iniciado nas primeiras letras, permanecia apático, o que significa dizer que não se deixava "civilizar" ou "integrar-se" facilmente
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