Abstract

No quadro da evolução histórica do que se entende por sustentabilidade, e considerando as potenciais implicações desse processo sobre os usos do território, o objetivo do texto é investigar como diferentes perspectivas tratam a temática territorial. Com o apoio de contextualizações, busca-se compreender permanências, mudanças e tendências. A análise acompanha a criação da ecologia como ramo científico, passa pelo surgimento do ambientalismo moderado, e segue até enfoques mais recentes, como o da ecologia política. A primeira parte do texto argumenta que a visão da sustentabilidade começa a ser moldada a partir das idéias da ecologia radical, relacionadas com o protecionismo e com o conservacionismo; ela adquire características mais moderadas quando se apresenta na forma conciliatória do ambientalismo, desdobrando-se na proposta de desenvolvimento sustentável; e acaba por transformar-se em instrumento de crítica social, quando enfocado sob o prisma da ecologia política. A segunda parte do texto argumenta que a ecologia radical, o ambientalismo moderado e a ecologia política encaram a sustentabilidade territorial em sintonia com distintos contextos históricos e ambientais e diferenciadas visões de natureza. Conclui que as propostas variam também em função das escalas geográficas em que atuam e dos interesses envolvidos. Diante da crise ambiental atual, os diferentes enfoques, ao priorizarem dimensões específicas, como o quadro natural, as relações entre ambiente e sociedade e as desigualdades socioambientais, podem oferecer subsídios para a busca de alternativas viáveis.

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