Abstract

A ecologia política é o campo no qual se expressam as relações de poder para desconstruir a racionalidade insustentável da modernidade e para mobilizar as ações sociais no mundo globalizado para a construção de um futuro sustentável fundado nos potenciais da natureza e da criatividade cultural, num pensamento emancipatório e em uma ética política para renovar o sentido e a sustentabilidade da vida. A ecologia política enraíza a desconstrução teórica na arena política: além de reconhecer a diversidade cultural, os saberes tradicionais e os direitos dos povos indígenas, o ambientalismo radical confronta o poder hegemônico unificador do mercado como destino inelutável da humanidade. A ecologia política na América Latina está operando um processo análogo ao que realizara Marx com o idealismo hegeliano, arraigando a filosofia da pós-modernidade (Heidegger, Levinas, Derrida) no contexto de uma ontologia política: territorializando o pensamento do ser, da diferença e da alteridade em uma racionalidade ambiental, arraigada em uma ontologia da diversidade cultural, em uma política da diferença e em uma ética da alteridade. A descolonização do saber e a legitimação de outros conhecimentos-saberes-sabedorias liberam modos alternativos de compreensão da realidade, da natureza, da vida humana e das relações sociais, abrindo novos caminhos para a reconstrução da vida humana no planeta.

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