Abstract

Em 2014, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) afirmava que uma estratégia de desenvolvimento direcionada para maior equidade econômica, maior justiça social e maior proteção ambiental poderia ser adotada em vários países da América Latina – um cenário que, no entanto, se desfigurou nos últimos anos. Este artigo tem assim três objetivos: (1) analisar o caráter utópico da agenda da CEPAL para a promoção de sociedades mais igualitárias na América Latina; (2) elencar os principais determinantes da redução da desigualdade de renda no Brasil no período 2004-2014; e (3) examinar a interrupção da trajetória de redução da desigualdade de renda – a partir do golpe político de 2016 e da aprovação de reformas neoliberais que aumentaram a precariedade dos empregos e enfraqueceram o sistema de proteção social –, como evidência da interdição de uma estratégia de desenvolvimento inclusivo no Brasil.

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