Abstract

This essay explores two issues regarding the exile of left-wing Brazilians in Portugal between the April 25th Revolution and the promulgation of the Amnesty Act in Brazil (1979). At first it examines the ways the Portuguese state dealt with the presence of dozens of Brazilian exiles in its territory. Then it analyses the political strategies of the exiles in the “Comité Pró-Amnistia Geral no Brasil” (Committee for a General Amnesty in Brazil), an organisation that received the support of important Portuguese intellectuals and politicians.

Highlights

  • Américo FreireMuitos já disseram, é encruzilhada — é tempo de reflexões, definições e mudanças.

  • O tom ideológico imposto pelo embaixador Fontoura, e então avalizado pelo conjunto do governo brasileiro, ainda que estivesse em nítido contraste com a diretriz-chave da diplomacia brasileira de então — não por acaso denominada “pragmatismo responsável” —, estendeu-se por um bom tempo e terminou por marcar uma importante face das relações entre os dois países até o ano de 1979, quando houve enfim o retorno dos exilados para o Brasil.[19].

  • Em primeiro lugar, que qualquer análise que se faça sobre essas mudanças, ainda que preliminar, deva levar em conta o caráter abrangente e plural que assumira em vários países europeus a luta pela anistia, luta essa que se valia tanto de estratégias de aproximação com o centro político, como de um vocabulário tributário de leituras democráticas do liberalismo, nas quais o tema da defesa dos direitos humanos assumia grande importância.[43] Ao que tudo indica, o CAB, naquela conjuntura, estava também a promover um deslizamento nesse mesmo sentido.

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Summary

Américo Freire

Muitos já disseram, é encruzilhada — é tempo de reflexões, definições e mudanças. O tom ideológico imposto pelo embaixador Fontoura, e então avalizado pelo conjunto do governo brasileiro, ainda que estivesse em nítido contraste com a diretriz-chave da diplomacia brasileira de então — não por acaso denominada “pragmatismo responsável” —, estendeu-se por um bom tempo e terminou por marcar uma importante face das relações entre os dois países até o ano de 1979, quando houve enfim o retorno dos exilados para o Brasil.[19]. Em primeiro lugar, que qualquer análise que se faça sobre essas mudanças, ainda que preliminar, deva levar em conta o caráter abrangente e plural que assumira em vários países europeus a luta pela anistia, luta essa que se valia tanto de estratégias de aproximação com o centro político, como de um vocabulário tributário de leituras democráticas do liberalismo, nas quais o tema da defesa dos direitos humanos assumia grande importância.[43] Ao que tudo indica, o CAB, naquela conjuntura, estava também a promover um deslizamento nesse mesmo sentido. 1978 e 1979, o CAB seguiria esse mesmo tom, mantendo-se, portanto, com um espaço político estratégico para a luta dos exilados brasileiros em Portugal

Duas observações finais
Referências bibliográficas

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