Abstract
Este ensaio tem o objetivo de refletir sobre a moira, destino ligado à matriz grega, em interface com as viagens e com a violência do sertão a partir do conto “Duelo”, quarta narrativa do livro Sagarana, de Guimarães Rosa. Trata-se de uma espécie de aclimatação do destino antigo à vivência do sujeito sertanejo, sobretudo no espaço de perseguição, de morte e de instabilidade nos gerais. Assim, esta reflexão em torno do conto do autor mineiro faz-se na leitura que instala a paisagem do sertão ao plano universalista da tradição grega: o destino.
Highlights
O livro Sagarana, de João Guimarães Rosa, publicado pela primeira vez em 19461, apresentase como uma coletânea de nove contos, os quais se relacionam pelas temáticas de aventuras pelo sertão dos gerais, comprovando-se pelo título da obra, neologismo criado pelo autor mineiro a partir da mistura de “saga”, de origem germânica, Opiniães e “rana”, originária do tupi, que juntas significam “à maneira de saga”
This essay reflects upon the concept of moira as referred as destiny - following the Ancient Greek Mythology - while interfacing the excursions and the backcountry’s violence presented in “Duelo”, the fourth short story of the book Sagarana, by Guimarães Rosa
The article presents a sort of analogy between the ancient destiny and the experience of the inhabitants of the hinterlands, in its atmosphere of persecution, death and instability
Summary
O livro Sagarana, de João Guimarães Rosa, publicado pela primeira vez em 19461, apresentase como uma coletânea de nove contos, os quais se relacionam pelas temáticas de aventuras pelo sertão dos gerais, comprovando-se pelo título da obra, neologismo criado pelo autor mineiro a partir da mistura de “saga”, de origem germânica, Opiniães e “rana”, originária do tupi, que juntas significam “à maneira de saga”.
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