Abstract

Este ensaio versa sobre as relações entre uso de drogas e trabalho. Tem como objetivo central discutir os modelos e práticas de atenção aos trabalhadores usuários de drogas no âmbito da organização do trabalho e em consonância com a atual política de atenção integral a esses usuários. Inicia trazendo algumas contribuições de pesquisas que compõem o campo e apresenta as diretrizes centrais da política nacional de atenção integral aos usuários de drogas. O artigo considera que tanto o uso de drogas quanto o trabalho estão em relação direta com a conformação subjetiva e com a busca de equilíbrio e normalidade em saúde. Assim, os fenômenos de uso e abuso de drogas também podem ser apreendidos através de sua relação, direta e muitas vezes causal, com a organização e a natureza do trabalho como fazer humano nos planos identitário e social. Os resultados apontam para desafios na concretização do paradigma de superação do proibicionismo e na assimilação da lógica de redução de danos, pois as relações e a organização do trabalho parecem se mostrar tão vitais quanto despreparadas para alguma revisão ou transformação fundamental na atenção ao trabalhador usuário de drogas.

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