Abstract

À luz das teorizações de Benveniste sobre enunciação escrita, problematizamos e analisamos o modo como uma acadêmica do Curso de Letras: Língua Portuguesa e suas literaturas de uma instituição federal produz seus “relatos reflexivos” do Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa. Estamos considerando que, no tempo da escrita, a acadêmica, já na condição de locutora, precisa lidar com as coerções implícitas e explícitas do gênero “relato reflexivo”, que integra o gênero “relatório final”, e com as coerções da “situação de discurso”, tendo por base a contingência da sala de aula. Dessa maneira, por meio da escrita, a acadêmica (re)elabora a sua experiência no Estágio Supervisionado, dado o processo de metaforização, que se constitui a partir de três tempos que constituem a narratividade da experiência: o tempo do fato vivido, o tempo da escrita e o tempo da leitura. As análises, pautadas em recortes discursivos, mostram os pontos de dispersão da escrita da acadêmica, já que, ao relatar a experiência supostamente exitosa no Estágio Supervisionado, pontos de contradição marcam o regime enunciativo das enunciações escritas da acadêmica, deixando flagrar seu processo de identificação com certos espaços de interpretação que o regime enunciativo implica.

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