Abstract

A partir de uma abordagem bibliográfica, intenciona-se realizar uma reflexão sobre os modos como se constitui, conceitualmente, uma margem para a filosofia da cultura no escopo da perspectiva biblioteconômico-informacional. A procura terminológica se concentra no diálogo com os construtos discursivos “ação cultural”, “animação cultural” e “lazer”, como partícipes de uma elaboração do discurso ligado à fruição e ao deleite estético, para aquém e além da linhagem “informacional” centrada em ênfases de gestão e processamento que perpassa, na epistemologia da Biblioteconomia & Ciência da Informação, os tradicionais enfoques mecanicistas e cognitivistas. O modo como se estabelecem, discursivamente, os indícios de uma filosofia da cultura no campo biblioteconômico-informacional se apresenta como o horizonte amplo da presente reflexão. A questão pontual lançada para o trabalho indica a dificuldade, ainda hoje, de estabelecimento de um discurso sobre as práticas culturais e uma cultura discursiva crítica sobre as práticas informacionais que permitam compreender os espectros do prazer como possibilidade e atividade corrente no campo (principalmente, no que tange à relação entre informação e cultura). Reconhecemos, todavia, que a frente indiciária aqui delimitada não aponta como limítrofes a extensão desta filosofia tal tríade nocional; ao contrário, a partir das noções de “ação cultural”, “animação cultural” e “lazer” percebemos que giramos em torno de apenas um polo, posicionado em meio a uma miríade de caminhos para a compreensão do “cultural” em Biblioteconomia & Ciência da Informação que desemboca do “social” como “direito”. Concluímos que os indícios conceituais nos levam objetivamente a uma relação entre conhecimento, cultura e política. Partindo dos resultados que as frentes indiciárias nos trouxeram podemos perceber as margens relacionais que tocam a paisagem crítica que vai da cultura como “prazer” chegando ao “lazer” como direito social da sociedade brasileira.

Highlights

  • This paper aimed to investigate a framework for a philosophy of culture in Library and Information Science from a bibliographical methodological approach

  • Observa-se que o conceito de “animaç~o de bibliotecas” segue uma linha de pensamento semelhante ao “incentivo ao uso de serviços e produtos”, mencionado anteriormente, uma vez que a “animaç~o de bibliotecas”, segundo Faria e Peric~o (2008) é um conjunto de atividades a fim de dinamizar a utilização de seus fundos, e também, não só estimular a utilização do acervo, como pode vir a ter como fim a dinamização da leitura

  • No contexto em que essas práticas (atividades e eventos) funcionam como “atrativas”, pode-se dizer que a animação cultural, através dessas práticas, pode estar “usufruindo” da “liberdade” do usu|rio que est| presente na biblioteca, e junto a isto “despertar” neste o “bem-estar” através de suas atividades/eventos, tornando-se estas pr|ticas de fato “atrativas”, que possibilitam o entretenimento e o uso dos serviços e produtos da biblioteca

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Summary

Introduction

This paper aimed to investigate a framework for a philosophy of culture in Library and Information Science from a bibliographical methodological approach. Para definir “aç~o cultural”, “animaç~o cultural” e “lazer”, este estudo apresentou suas definições através do que foi lido na literatura biblioteconômico-informacional, lembrando que autores como Coelho (1989, 1997) e Camargo (1986) foram citados por terem sido referenciados em dissertações e artigos sobre “aç~o cultural” em bibliotecas.

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