Abstract

Em 1949, Albert Camus viajou ao nosso país para empreender uma turnê de conferências no contexto de um intercâmbio cultural entre a França e o Brasil. A leitura do Diário de viagem composto durante sua estadia deixa a impressão de um grande desencontro entre o escritor e os brasileiros. Tal impressão é parcialmente verdadeira, uma vez que natureza do intercâmbio cultural enquanto "encontro oficial" impossibilitou de certa forma um verdadeiro encontro e um diálogo profícuo entre as partes. O objetivo de nosso artigo é mostrar que apesar disso o intercâmbio não foi um fracasso, pois seja nos encontros pessoais que travou ou por meio das ideias veiculadas em suas conferências houve um diálogo entre Camus, seus leitores e pares brasileiros. No Brasil, a visita deixa traços nos jornais da época, bem como na lembrança e nos relatos das pessoas que o receberam. Para Camus, algumas experiências vividas no Brasil e anotadas cuidadosamente no diário são empregadas na escrita da novela "A Pedra que cresce" de O Exílio e o Reino pela qual se opera um verdadeiro encontro com o Brasil por intermédio da ficção.

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