Doença de Parkinson e exercícios aquáticos: qual o impacto no equilíbrio corporal?

Abstract

Introdução. Na doença de Parkinson (DP), pode haver um comprometimento na habilidade de adaptação dos movimentos compensatórios ou antecipatórios em situações cotidianas que requeiram o equilíbrio corporal. Com isso, o exercício físico aquático visa auxiliar na promoção, prevenção e reabilitação de alterações motoras e funcionais. Objetivo. Avaliar os efeitos de um programa de exercícios físicos aquáticos no equilíbrio corporal de pessoas com DP. Método. Pesquisa quase-experimental, alocada por conveniência com exercícios físicos aquáticos durante 12 semanas, duas vezes por semana, 50 minutos. O equilíbrio estático foi avaliado por meio da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e a postura ereta por uma plataforma de força (PF) (AMTI, modelo OR-06, USA. Foi analisada a média de 3 tentativas consecutivas das variáveis de deslocamento total do centro de pressão (DOT), velocidade média e amplitude de deslocamento nas direções ântero-posterior e médio-lateral (VMAP; VMML; ADAP; ADML). A normalidade foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e a correlação das variáveis por meio da Correlação de Spearman. Resultados. O estudo contou com sete participantes, ambos os sexos, com média de idade de 60,7±11,36 anos. A variável VMML (p=0,047) e a EEB (p=0,026) apresentaram melhorias significantes no período pré- e pós-intervenção. Já na análise da correlação, foi verificada uma correlação moderada de 0,7 entre a variável ADML da PF (-0,704) e EEB (-0,741). Conclusão. Foi constatado um aumento na pontuação da EEB pós-intervenção e melhora da variável VMML, considerada relevante por ser um indicativo da progressão da instabilidade postural.