Abstract

O presente artigo pretende ser um encontro entre metodologias e diretrizes pedagógicas para o Ensino Superior e a docência em licenciaturas de formação artística, mais especificamente, na área de Cinema. Habitualmente lecionados por antigos profissionais ou investigadores da área, sem uma formação pedagógica que os/as prepare para a exposição pública inerente à atividade de docente, nem tão pouco para a sistematização de conteúdos adequados ao corpo discente, estes cursos são também frequentados por alunos/as com necessidades, expectativas e referências heterogéneas, tornando particularmente necessários o debate e a reflexão sobre modelos e técnicas a aplicar em aula. No caso de estudo que aqui se apresenta, a regência da unidade curricular de História e Estética do Cinema Português, na Universidade da Beira Interior, atribui o mote a uma breve dissertação em torno de objetivos e metodologias com potencialidade de adaptação à formação de futuros/as cineastas. A tentativa de equilíbrio das vertentes teórica e prática, bem como a necessidade de preparação para o mercado de trabalho – no qual, por tratar-se de uma disciplina de final de curso, alunos e alunas irão previsivelmente entrar nos meses seguintes – têm ditado a evolução da experiência, permitindo-nos chegar a algumas conclusões sobre novos modelos educativos e a sua aplicação ao Ensino Artístico.

Highlights

  • Abraçar a carreira académica numa era de dispersão informativa e permanente contacto de alunos/as com imagens em movimento representa uma circunstância inusual, em termos históricos, com inúmeras potencialidades críticas

  • without pedagogical training that prepares them for the public exposure that the teaching activity demands

  • these courses are also attended by students with heterogeneous needs

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Summary

Interrogações e utopias

Como tem vindo a ser relembrado, as universidades constituem, por excelência, locais de experimentação, partilha de dúvidas e reinício de questionamentos. Uma estrutura tríptica de realizadores canónicos é nomeada por alguns alunos e alunas que a reconhecem: Manoel de Oliveira, João César Mon‐ teiro e Pedro Costa fazem parte da História do Cinema, pelo que já terão entrado em contacto com as suas obras, em algum momento. No presente artigo, justificar devidamente a escolha do corpus, mas antes suscitar o pensamento e debate em torno de possíveis metodo‐ logias de ensino em cursos de Cinema, acrescentamos, no entanto, que as opções Os verdes anos (Paulo Rocha, 1963) e Ossos (Pedro Costa, 1997), conformes ao cânone do qual nos pretendemos distanciar, resultam de solicitações expressas por parte de alunos/as que gostariam de trabalhar estes filmes, num contexto alargado que inclui toda a filmografia dos realizadores. Pretende-se, num sentido amplo, o retorno à visão da universidade como instância de produção e discussão de saber

Considerações finais
Referências bibliográficas
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