Abstract

A configuração de situações de risco associadas à exposição humana a áreas contaminadas nas cidades é um problema inerente às dinâmicas de produção do espaço urbano que reproduzem vulnerabilidades socioambientais e afetam em maior grau os grupos socialmente marginalizados. O presente artigo discute o caso do Conjunto habitacional Heliópolis, construído sobre um lixão pela municipalidade de São Paulo no final da década de 1980 e destinado à população de baixa renda. O objetivo é de identificar e analisar as representações sociais dos moradores sobre o risco associado à contaminação do solo local, de forma a investigar como os residentes compreendem e se posicionam frente à situação vivenciada. A metodologia compreende um estudo de caso que se valeu da aplicação de entrevistas a 30 moradores do local e da análise de documentos sobre as medidas adotadas para o gerenciamento de risco. As representações sociais dos moradores expressam as múltiplas dinâmicas de desigualdade socioambiental que estruturam as relações sociais locais e o modo de enfrentamento adotado pelas instituições responsáveis para gerenciar a situação. Esses resultados expressam que o enfrentamento de risco em áreas contaminadas precisa ser revisto, sobretudo em países marcados por assimetrias sociais, como é o caso do Brasil, para que seja apreendido pela população e enfrentado de forma mais efetiva. Palavras-chave: Poluentes do Solo. Percepção Social. Fatores Socioeconômicos.

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.