Abstract

Este artigo analisa a concepção de cultura predominante nas políticas culturais do Governo Lula, à luz de transformações mais gerais do campo cultural brasileiro, notadamente aquelas trazidas pela consolidação de uma indústria cultural nas décadas de 1960-70 e pelo enfraquecimento do cânone modernista como critério exclusivo de avaliação das obras e manifestações culturais. Assim, apresentaremos as linhas gerais das políticas culturais do governo Lula, apontaremos os momentos principais da institucionalização e consagração do cânone modernista no Brasil e refletiremos sobre o significado e os impasses da adoção de um conceito antropológico de cultura no período lulista. O artigo debateu como as mudanças nas políticas culturais apareceram relacionadas ao enfraquecimento de uma visão mais especializada da cultura como produção artística e intelectual de vanguarda, em direção ao fortalecimento de uma noção de cultura como modo de vida, expandindo a gama de atividades legitimadas pelo Estado em políticas cultuais mais diversas e inclusivas.

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