Abstract

Resumo: Entre os maiores desafios ético-políticos da historiografia no século XXI estão as práticas de falsificação e manipulação do passado. Este artigo propõe a categoria distorcionismo, assinalando sua particularidade em relação ao revisionismo e negacionismo e oferecendo exemplos de sua aplicabilidade, tendo a ditadura militar brasileira como campo de análise. Problematiza e sugere um remanejamento dos significados atribuídos a esses conceitos, buscando precisar as fronteiras entre operações legítimas e abusivas no exame do passado. Justifica a pertinência da categoria distorcionismo argumentando que ela permite dar maior precisão conceitual na tarefa de caracterizar e historicizar as estratégias retóricas utilizadas para deturpar a história, as quais não se reduzem a operações de negação de eventos e processos históricos consolidados ou de revisão interpretativa do passado.

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