Abstract

O trabalho busca lançar mão de um esboço de que permita análise sobre a produção, a circulação e o consumo de redes de comunicação dominadas/denominadas por algoritmos, em especial referente aos efeitos dessas redes na (re)configuração da subjetividade digital. Para tal, busca em Michel Foucault, a partir da noção de economia política da verdade, e em Gilles Deleuze e Félix Guattari, com a noção de rizoma, a caracterização das dimensões que materializam a rede de dispositivos de sociedades de controle.

Highlights

  • Este trabalho é parte de um estudo, amplo senso, que busca elementos sobre as dimensões das subjetividades nas relações entre poder e informação

  • Dardot e Laval (2016) apontam que as discussões sobre o neoliberalismo se estendem por diversos ramos porque influem na sociedade e na reconfiguração de subjetividades em diversos aspectos: político, em relação à conquista de poder; econômico, com o crescimento do capitalismo global; social, através da polarização e da individualização; e subjetivo, analisando a construção de um novo sujeito e de suas patologias em torno desse objeto

  • Nossa visão segue elementos do rizoma, como apresentado por Deleuze e Guattari (2012), no que se refere à (i) conexão e (ii) heterogeneidade, não apresentando uma ordem e podendo ter um ponto ligado a outro a partir de qualquer lugar; à (iii) multiplicidade, dado que os pontos levantados não são elencados em ordem ou por preferência ou, ainda, por destaque, mas compõem dispositivos em sua formação discursiva pela visualização de suas possíveis conexões; à (iv) ruptura assignificante, onde a territorialidade, a desterritorialidade e a reterritorialidade atuam em constante construção e desconstrução, permitindo ruptura dos elementos sem que o sentido seja perdido; à (v) cartografia e à decalcomania, não sendo comparável a modelos estruturados e fechados, reiterando os anteriores

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Summary

JACKSON DA SILVA MEDEIROS

Este trabalho é parte de um estudo, amplo senso, que busca elementos sobre as dimensões das subjetividades nas relações entre poder e informação. Nossa visão segue elementos do rizoma, como apresentado por Deleuze e Guattari (2012), no que se refere à (i) conexão e (ii) heterogeneidade, não apresentando uma ordem e podendo ter um ponto ligado a outro a partir de qualquer lugar; à (iii) multiplicidade, dado que os pontos levantados não são elencados em ordem ou por preferência ou, ainda, por destaque, mas compõem dispositivos em sua formação discursiva pela visualização de suas possíveis conexões; à (iv) ruptura assignificante, onde a territorialidade, a desterritorialidade e a reterritorialidade atuam em constante construção e desconstrução, permitindo ruptura dos elementos (conceitos, ideias, aplicações etc.) sem que o sentido seja perdido; à (v) cartografia e à decalcomania, não sendo comparável a modelos estruturados e fechados, reiterando os anteriores. Essa maneira de enxergar possibilita que não se crie um modelo – a própria utilização do rizoma não nos permite isso – mas formas de enxergar como se dão as atuações dos dispositivos que estamos tratando

Por que olhar o ambiente digital?
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