Abstract

É no domínio de reflexões teóricas acerca das práticas de si que os estudos foucaultianos têm interrogado sobre o modo como, nas sociedades modernas, os sujeitos produzem experiências de si a partir de tecnologias de objetivação e subjetivação, tendo a confissão como um importante dispositivo que, não estando mais restrito à institucionalização eclesiástica, é mobilizado por diferentes aparatos institucionais produtores de subjetividades. Dessa perspectiva teórica, este trabalho tem por objetivo analisar, em escritas de professores da escola básica, como a confissão produz representações e subjetivações de professores no domínio de um programa nacional de formação docente. O corpus é constituído de relatos escritos durante uma formação realizada pelo Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), no período de 2014 a 2017, em Marabá, PA. Os discursos que circulam nos relatórios escritos, compreendidos como “práticas de si”, traduzem-se em dispositivos de confissões por meio dos quais os professores se subjetivam e são subjetivados como profissionais polivalentes, a partir de uma ordem política totalizadora e individualizante, ao mesmo tempo.

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