Abstract
Partindo da ênfase recente que a teoria das nações vem dando ao caráter imaginado ou "construído" da comunidade nacional, este artigo procura estabelecer pontes com a teoria antropológica e analisar as implicações desse movimento para uma antropologia das identidades étnicas e nacionais. Em particular, seguindo a boa tradição empírica da disciplina, procura-se avaliar essas considerações teóricas tendo em vista possíveis desenvolvimentos da etnografia da formação e das políticas de identidade em contextos nacionais. Nesse sentido, é aqui esboçado o projeto de uma "antropologia do discurso", exemplificada com materiais oriundos de pesquisas sobre identidade nacional na Alemanha e no Brasil. A análise desses dois casos conduz à proposição de uma distinção teórica entre construção da identidade nacional centrada no discurso (Alemanha) e centrada nos símbolos (Brasil).
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