Abstract

O presente artigo se propõe a analisar a questão da intolerância pelo viés da censura, a partir da polêmica sobre uma peça publicitária do Banco do Brasil (BB) que teve sua exibição oficial impedida após avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro. Em nossas análises, a peça é retomada como condição de legibilidade e inteligibilidade dos discursos de resistência que circularam nas redes sociais dialogando com o veto da campanha do banco, e que são, também, nosso objeto de análise. Partindo da perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso pecheuxtiana, observamos que o espaço virtual tem funcionado tanto como condição de produção do discurso intolerante, quanto como condição de produção de formas alternativas de resistência a esse discurso. As análises nos apontam para um funcionamento discursivo que coloca em jogo, de um lado, a intolerância pela censura e, de outro, as formas de resistência pela ironia.

Highlights

  • As reflexões que propomos neste texto tomam como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso pecheuxtiana (AD doravante), e têm como condição de produção (CP),[3] no sentido estrito do termo, a recente polêmica sobre uma peça publicitária do Banco do Brasil (BB) que teve sua exibição oficial vetada em abril de 2019

  • The aim of this article is to analize the intolerance through censorship

  • We studied this topic through the Brazil Bank advertising, published in 2019. This advertising had its oficial placement prohibited after a negative validation by Jair Bolsonaro, president of Brazil. This analyze shows that the advertising piece had a readability and intelligibility criteria processed by some resistance discourses disseminated by social media

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Summary

OPEN ACCESS

Discursos de resistência à intolerância pela censura: o caso da propaganda do Banco do Brasil. Resumo: O presente artigo se propõe a analisar a questão da intolerância pelo viés da censura, a partir da polêmica sobre uma peça publicitária do Banco do Brasil (BB) que teve sua exibição oficial impedida após avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro. A peça é retomada como condição de legibilidade e inteligibilidade dos discursos de resistência que circularam nas redes sociais dialogando com o veto da campanha do banco, e que são, também, nosso objeto de análise. As análises nos apontam para um funcionamento discursivo que coloca em jogo, de um lado, a intolerância pela censura e, de outro, as formas de resistência pela ironia.

Evandra Grigoletto
Thiago Alves França
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