Abstract
Neste artigo proponho uma reflexão sobre três vídeos do YouTube protagonizados por Damares Alves entre 2016 e 2021. No primeiro, centrado na proteção da infância, a então pastora denuncia livros e filmes “impróprios” para crianças. O segundo e o terceiro, já como Ministra do governo Bolsonaro, remetem a duas entrevistas concedidas à jornalista Leda Nagle e à Karina Gomes, da Comissão Permanente junto à ONU em Genebra. O período escolhido é estratégico, porque permite perceber como os discursos sobre família e direitos humanos ganharam a cena pública no governo Bolsonaro, acionando emoções perpassadas por “discursos de ódio”, termo banalizado nas mídias institucionalizadas e redes sociais, mas que mantém sua pertinência analítica.
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