Abstract

A leitura de Coração Andarilho, lançado em 2009, evoca a leitura do romance A república dos sonhos, obra de 1984. Na memória do leitor, o paralelismo pode parecer muito marcado. A Nélida memorialista traz à lembrança a personagem escritora Breta. Em que medida a experiência de vida de Nélida é aproveitada na construção de Breta pode ser, do ponto de vista factual, uma curiosidade, mas não é uma questão literária. O que se intentará apreender nesta abordagem é como funciona a constituição discursiva romanesca e a memorialista. As relações estabelecidas com o referencial não são da mesma ordem. O discurso ficcional e o discurso memorialístico serão examinados, buscando semelhanças e diferenças, no intuito de apreender os recursos que permitem criar a verdade ficcional. O aporte teórico mais consistente é buscado em Ricoeur, seja quanto à reciprocidade entre narratividade e temporalidade (1994), seja quanto ao modo de funcionamento da memória e da imaginação (2007).

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