Abstract

Neste artigo, busco relatar algumas experiências afetivossexuais de estudantes intercambistas em Belo Horizonte (MG). Estes/as universitários/as vêm de cidades da Argentina para estudar na capital mineira por um período de seis meses e residem nas moradias universitárias da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Pelas observações etnográficas e entrevistas, notei que a vida no intercâmbio era filtrada pela existência social das moradias, pelas relações que ali se principiavam. Neste contexto de coabitação, havia certas práticas disciplinares, uma arquitetura panóptica e um controle da entrada de visitantes, isto forçava os/as intercambistas a se envolver em trocas de objetos e favores para tornar possíveis seus encontros afetivos. A circulação de bens além de forjar uma trama de reciprocidade entre os/as residentes, também afetava os seus itinerários urbanos, conformando-os numa escassa mobilidade, circunscrita na região da Pampulha.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call