Abstract

Estudamos os batismos de ingênuos registrados nas localidades paulistas de Iguape e Casa Branca entre 1871 e 1885. Nesse período, houve em Iguape o esmorecimento do dinamismo econômico assentado no cultivo de arroz destinado ao mercado interno. Já Casa Branca achava-se próxima à fronteira da expansão da lavoura cafeeira na província. Com a ênfase posta na comparação entre esses dois municípios, com vistas a explorar o condicionamento exercido por seus díspares panos de fundo econômicos, analisamos as características dos registros aludidos. Observamos a freqüência dos batizados no tempo, bem como computamos a distribuição, de acordo com a condição de legitimidade, das crianças nascidas de mães escravas após a promulgação da Lei do Ventre Livre. Acompanhamos o comportamento da defasagem temporal entre a data do nascimento e a do batismo. Avançamos, com fundamento em dois estudos de caso, um para cada uma das localidades selecionadas, algumas considerações acerca dos intervalos intergenésicos. Por fim, voltamos nossa atenção para a condição social de padrinhos e madrinhas. Mostraram-se muito expressivas, regra geral, as disparidades entre Iguape e Casa Branca.

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