Abstract
Objetivo: Estimar associação entre o apoio social e suas dimensões e a prevalência do aleitamento materno (AM) nos dois primeiros anos de vida. Métodos: Estudo seccional com mulheres (n=1.634) participantes da fase 1 (1999) do Estudo Pró-Saúde, com informações coletadas por meio de questionário autopreenchível. A duração do AM foi autorrelatada em meses e, posteriormente, as prevalências foram avaliadas aos 6, 9, 12 e 24 meses. O apoio social foi avaliado em três dimensões: interação social positiva/afetiva, apoio de informação/emocional e apoio material. Foram estimadas razões de chances com intervalo de 95% de confiança via regressão logística, ajustadas por características maternas, e tendo por desfecho a prevalência de aleitamento materno em meses. Resultados: A prevalência de aleitamento materno aos 6, 9, 12 e 24 meses foi respectivamente, de 58,0%, 31,9%, 23,5% e 9,7%. A dimensão interação social positiva/afetiva foi a mais importante para o aleitamento materno aos seis meses (OR=1,52 IC95%=1,03-2,25) e também para o aleitamento materno aos 24 meses (OR=2,38 IC95%=1,03-5,49). Conclusão: O apoio social é um importante aspecto a ser considerado para dar suporte à mãe que amamenta, principalmente nos primeiros meses de vida da criança.DOI: 10.12957/demetra.2019.43037
Highlights
O apoio social, definido como “sistema de apoio formado por relações formais e informais através do qual um indivíduo recebe apoio emocional, cognitivo e material, para enfrentar situações geradoras de estresse”,10 pode interferir na duração do aleitamento materno, por se tratar de um período de adaptação da mulher às diversas mudanças ocorridas em sua vida
Estudo realizado no município do Rio de Janeiro verificou que mães com alto apoio social e maior número de parentes com quem podiam contar tinham maiores chances de amamentar exclusivamente
Já no estudo de Vieira, realizado em Florianópolis, o apoio afetivo e a interação positiva tiveram associação com a duração mais prolongada do aleitamento materno.[11,12]
Summary
Trata-se de estudo epidemiológico seccional realizado com a população do Estudo PróSaúde (EPS), uma investigação longitudinal de funcionários técnico-administrativos de uma universidade do Rio de Janeiro, cuja primeira fase ocorreu em 1999 (n=4.030).[19]. Os escores nas dimensões de apoio social foram calculados como a razão entre a pontuação alcançada pelo participante e o número máximo de pontos que poderiam ser alcançados naquela dimensão, multiplicados por 100. Mais detalhes encontram-se em Griep et al.[18,22] A escala foi categorizada em tercis (inferior, intermediário e superior), tanto para o apoio social, quanto para cada uma das suas três dimensões. Para as análises posteriores à descrição dos dados, a situação conjugal foi categorizada em “nunca casou ou viveu em união” e “outras”, pois com exceção desse estado conjugal, a informação sobre os demais (casada, separada e viúva) não eram contemporâneas ao aleitamento materno. A variável década de nascimento foi criada a partir da data de nascimento do primeiro filho informada pela participante, sendo categorizada em: anterior a 1960, 1960, 1970, 1980 e 1990
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