Abstract
O presente artigo propõe desenvolver uma reflexão crítica a partir da Geografia e das Ciências Sociais Latino-Americanas, acerca da relação entre dinâmicas regionais e as categorias de análise geográfica e regional América Latina e Caribe. O objetivo é analisar a possível insuficiência do universalismo europeu sobre as nomenclaturas América Latina e Caribe frente a particularidades culturais, territoriais e processos sociais contra-hegemônicos. O método qualitativo norteará a metodologia baseada na interpretação de materiais bibliográficos clássicos e contemporâneos para analisar outras alternativas de regionalização deslocadas do essencialismo econômico, colonial e imperialista da cartografia tradicional. Acreditamos em outras linguagens possíveis de distintas cartografias conforme diferentes regionalizações do continente, baseados em aspectos históricos, críticas teóricas, fluxos migratórios, populações étnico-raciais, distribuição sócioespacial de grupos econômicos e aspectos político-ideológicos.
 Palavras-chave: Geografia, Ciências Sociais, Região, América Latina.
Highlights
This article proposes to develop a critical reflection based on Latin American Geography and the Social Sciences, about the relationship between regional dynamics and the categories Latin America and the Caribbean
As abordagens macro voltadas para Região e Regionalismo na América Latina e Caribe associam-se ao campo geopolítico e histórico de dominação econômica, científica, tecnológica e cultural do Norte (Estados Unidos e Europa) sobre as periferias meridionais do sistema capitalista
A partir da metade do século XX as Ciências Sociais na região procuraram desprovincializar pensamentos, ao passo que o elitismo das teorias europeias não dispunha de instrumentos para explicar a relevância de novos atores sociais, a exemplo de grupos indígenas e afrodescendentes no processo de democratização (COSTA, 2010)
Summary
A modernidade criou a região americana como uma instância racional do território, para cumprir uma função econômica-material no capital moderno/colonial. As contribuições do Estruturalismo Latino-Americano e da Teoria da Dependência, através do método histórico-estruturalista para pensar o (sub)desenvolvimento e industrialização na América Latina possibilitou analisar a oposição entre centro e periferia, entendendo a estrutura econômica mundial determinar um padrão específico de inserção dos países latino-americanos na condição de periferia. América Latina inclina-se mais para uma concepção política e econômica fruto de processos hegemônicos, uma vez que todos os países e territórios situados ao sul dos Estados Unidos, incluindo as ilhas, compõem os países subjugados a lógica do capital representado pela Europa e mais recentemente pelo imperialismo estadunidense. Tal condição de periferias estabelecida pela estrutura econômica internacional ainda permanece com rebatimentos internos e externos no âmbito das relações culturais e construções sociais
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