Abstract

Este artigo, seguindo a linha dos estudos de literatura comparada, propõe-se a discutir o diálogo intertextual que o escritor brasileiro Haroldo de Campos estabeleceu com o autor argentino Néstor Perlongher e o cubano Severo Sarduy. Para isso, realiza-se uma reflexão sobre o uso recorrente da tipologia do “poema-tombeau” dentro da produção poética haroldiana, a fim de investigar sua relação com a questão da morte e da alegoria, bem como a produtividade das noções de herança, tributo e homenagem, nos estudos de lírica moderna e contemporânea. Esta pesquisa preliminar pretende trazer à baila algumas questões pertinentes para se repensar o desenvolvimento da estética neobarroca, no contexto amplo da América Latina, a partir justamente dos cruzamentos interculturais motivados por interessantes dimensões que as “políticas da amizade” são capazes de alcançar na atualidade, propiciando intercâmbios entre poetas de diferentes procedências e inter-relacionando distintas estratégias formais e problemáticas sócio-históricas em pauta, sobretudo, no cenário das últimas décadas.

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