Abstract

O advento e evolução da internet marcou o início de uma era em que as tecnologias digitais promoveram mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas, as quais colocaram os usuários como protagonistas em espaços virtuais de autoria, colaboração e meios de expressão. Entretanto, ao mesmo tempo em que as mídias digitais favorecem a democracia, elas também a prejudicam, por manipular a população e perseguir as pessoas que lutam em prol das minorias sociais. Assim, esse estudo bibliográfico tece reflexões sobre como a era digital tanto favorece quanto exerce influências negativas para a democracia, a cidadania e o ciberfeminismo no Brasil. Com a realização da pesquisa, evidenciou-se que as mídias digitais contribuíram com a democracia participativa e deu voz a inúmeros movimentos que até então não tinham visibilidade, surgindo, assim, o ciberativismo. É o caso, por exemplo, do ciberfeminismo, que tem dado voz às mulheres na internet, que se organizam em torno de movimentos e causas variadas, potencializando a participação feminina em questões políticas e sociais. Contudo, apesar da importância das mídias para a atuação feminista, muitas mulheres ativistas são perseguidas por defenderem pautas de interesse de minorias excluídas socialmente. Inclusive, no plano político brasileiro, cada vez mais as pessoas têm tido acesso a inúmeras fontes de informação, que contribuem para a construção de uma visão crítica da realidade e, com isso, enseja a cidadania participativa. Porém, essas mesmas mídias fomentam processos negativos atravessados pela desinformação, pelas fake news e discursos de ódio que dividem as pessoas e fragilizam a democracia brasileira.

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