Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar o diferencial de mortalidade por sexo no município de São Paulo, em 2005 e 2016, por meio de análises dos níveis e padrões do diferencial, além de examinar a contribuição dos diversos grupos etários e das principais causas de óbito. Os indicadores calculados foram o diferencial da esperança de vida ao nascer, a razão de sexo entre as taxas específicas de mortalidade e a contribuição dos grupos etários e das causas de morte para o diferencial. Os resultados evidenciam que o maior ganho dos homens em esperança de vida ao nascer contribuiu para a redução de 1,30 ano do diferencial entre os doisanos estudados. Ademais, apesar das elevadas razões de sexo entre as taxas específicas de mortalidade dos jovens, os idosos foram os que mais contribuíram para explicar a vantagem feminina na mortalidade. Por último, as doenças do aparelho circulatório, neoplasias e causas externas foram responsáveis pelas maiores contribuições para o diferencial. No entanto, a análise do padrão de causas de óbito em conjunto com o padrão etário mostra que, para os idosos, cuja participação é maior para o diferencial, as doenças do aparelho circulatório, neoplasias e doenças do aparelho respiratório foram mais decisivas na formação do diferencial.

Highlights

  • A mortalidade masculina é superior à feminina em todos os grupos etários e na maioria dos países, assim como a expectativa de vida ao nascer e em outras idades geralmente é maior entre as mulheres (VALLIN, 2004; WISSER; VAUPEL, 2014; SUNDBERG et al, 2018)

  • Neste trabalho foram utilizados dados de óbitos e população do município de São Paulo, em 2005 e 2016

  • A população masculina experimentou mortalidade superior à feminina em todos os grupos etários no município de São Paulo, assim como as esperanças de vida ao nascer e em outras idades foram maiores entre as mulheres

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Summary

Carla Jorge Machado***

O objetivo deste trabalho é analisar o diferencial de mortalidade por sexo no município de São Paulo, em 2005 e 2016, por meio de análises dos níveis e padrões do diferencial, além de examinar a contribuição dos diversos grupos etários e das principais causas de óbito. Alguns autores observaram que o diferencial na esperança de vida ao nascer entre os sexos também aumentou com o declínio da mortalidade (OHADIKE, 1983; VALLIN, 1983; SHRESTHA, 2000; GEE, 2002; UNITED NATIONS, 2005, 2007, 2017; CHISUMPA; ODIMEGWU, 2018), embora seja menor do que aquele registrado nos países mais desenvolvidos (GEE, 2002; SHRESTHA, 2000; UNITED NATIONS, 2005, 2007, 2017) e ainda menor nas regiões menos desenvolvidas, que experimentam condições socioeconômicas e de saúde muito desfavoráveis (UNITED NATIONS, 2005, 2007, 2017; CHISUMPA; ODIMEGWU, 2018). O objetivo do presente trabalho é analisar o diferencial de mortalidade entre os sexos no município de São Paulo, em 2005 e 2016, por meio de análises dos níveis e padrões do diferencial, além de examinar a contribuição dos diversos grupos etários e das causas de óbito para o diferencial na esperança de vida ao nascer entre homens e mulheres

Diferenciais de mortalidade por sexo
Materiais e métodos
Em anos
Padrão etário do diferencial de mortalidade entre os sexos
Demais causas
Considerações finais
Sobre as autoras
Endereço para correspondência
Razão de sexo entre as taxas
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