Abstract
O livro de Juízes condensa tradições regionais por meio de um rico intercâmbio de variações linguísticas que pode ser resgatado pela dialetologia. Este artigo teve por objetivo identificar, catalogar e analisar alguns dos múltiplos dialetos existentes no livro de Juízes. O avanço das pesquisas na área da linguística hebraica tem aberto caminhos para a identificação de dialetos, localização e datação de textos da Bíblia Hebraica, como é o caso das obras de Gary A. Rendsburg, William Schniedewind, W. Randall Garr, Ran Zadok, Nadav Naaman e Tania Notarius, os quais formam a base teórica desta pesquisa. O procedimento metodológico adotado aqui seguiu o método da pesquisa de Gary Rendsburg: distribuição, evidências extra bíblicas, oposição e concentração. A hipótese desta pesquisa propõe a existência de dialetos hebraicos norte-israelitas registrados nos textos do livro de Juízes, os quais podem ser identificados, catalogados e analisados seguindo os métodos desta pesquisa.
Highlights
Resúmen: El libro de Jueces condensa las tradiciones regionales a través de un rico intercambio de variaciones lingüísticas que la dialectología puede rescatar
Há também livros mais específicos sobre o Texto Massorético e a crítica textual da Bíblia Hebraica, como as obras de Edson de Faria Francisco, que produziu os volumes da obra Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português (ATI)4, e traduziu livros de estudiosos internacionais, tais como Emanuel Tov (FRANCISCO, 2008; TOV, 2015, 2019)
Com os métodos de análise de dialetos e de variações linguísticas aplicado nos textos bíblicos hebraicos, forneceram bons subsídios para iniciar um projeto de pesquisa de longo alcance, partindo do estudo da regionalidade dos textos (palavras frases e sintaxe) e da comparação com fontes extrabíblicas
Summary
Sobre a teoria geral da dialetologia cito a obra de Chambers e Trudgill (2004), que é um texto de referência sobre o tema. Na parte “distribuição” Rendsburg faz um levantamento dos vocábulos do hebraico israelita que ocorrem nos livros onde aparecem histórias de Israel Norte. Ele passa a valorizar a história de Israel Norte e volta sua atenção para as origens do hebraico, por causa das evidências epigráficas encontradas em todo o território de Israel, Palestina e Jordânia. Finkelstein contradiz tal argumento, afirmando que no livro de Juízes há tradições genuínas pré-exílicas, e algumas delas ainda do século IX AEC, durante o período da dinastia omrida, baseando-se nos achados epigráficos (em Samaria) e nas novas pesquisas a respeito das origens da língua hebraica. Para Noth, boa parte do livro de Juízes tem redação deuteronomista, apesar de reconhecer que o redator teria encontrado uma coleção reunida de narrativas antigas e trabalhado com ela. Os capítulos 13–21 teriam sido, provavelmente, acrescentados mais tarde, talvez no período pós-exílico (RÖMER, 2010, p. 288)
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