Abstract
Este estudo foi realizado para analisar a qualidade e o preço de maçãs no mercado varejista brasileiro. Amostras de maçãs cv. Gala, Fuji e Red Delicious foram coletadas mensalmente entre março de 2010 e janeiro de 2011, em 20 supermercados de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. Quatro supermercados de cada cidade foram previamente selecionados e definidos como locais de amostragem das maçãs ao longo dos 11 meses. A Categoria (escala 1 para máxima qualidade a 3 para mínima qualidade) das maçãs foi determinada pela análise da qualidade externa (coloração, severidade de danos fisiológicos, mecânicos, por fungos, insetos, granizo, etc.) de acordo com normas legais do MAPA. A categoria média das maçãs expostas nos supermercados aumentou ao longo do ano de 1,6 a 2,0 para ‘Gala’, de 1,8 a 2,4 para ‘Fuji’ e de 1,4 a 1,8 para ‘Red Delicious’. A perda da qualidade dos frutos no período, entre as datas de empacotamento e de exposição aos consumidores, foi evidente em todos os meses e cultivares. A depreciada qualidade externa das maçãs expostas nos supermercados foi associada a altas incidências de danos mecânicos e podridões, que variaram de 13 a 50% e 1 a 20%, respectivamente, dependendo da cultivar e do mês de análise. A firmeza da polpa das maçãs diminuiu de março a julho para níveis inferiores a 12 lb e então tendeu a aumentar a patamares de aproximadamente 14 a 15 lb de novembro a janeiro, dependendo da cultivar. Variações dos preços e da qualidade ao longo do ano indicaram que o preço das maçãs nas gôndolas dos mercados é mais influenciado pela sazonalidade ou pressão de oferta que pela qualidade das maçãs. O preço das maçãs variou entre as regiões de comercialização de forma similar para as três cultivares. Dados evidenciam que o tempo médio entre a data de embalagem dos frutos e sua exposição nas gôndolas dos mercados é de 17 e 28 dias para maçãs ‘Gala’ e ‘Fuji’, respectivamente.
Highlights
The aim of this study was to evaluate the quality and price of apples in the Brazilian retailer market
Adicionalmente, o uso de porta-enxertos anão, os novos métodos aprimorados de manejo de pomares, a colheita dos frutos em estádio de maturação mais adequado e os métodos aprimorados de armazenagem e de controle da ação do etileno têm promovido aumento considerável da qualidade das maçãs brasileiras comercializadas in natura
Segundo Batt e Sadler (1998), a resposta dos consumidores à compra de maçãs de baixa qualidade varia, entre outras coisas, com a redução do retorno à compra de maçã, troca de cultivar e/ou substituição de maçã por outra espécie de fruta
Summary
ABSTRACT – The aim of this study was to evaluate the quality and price of apples in the Brazilian retailer market. The decrease of the external quality in the apples at the supermarket was associated with high incidence of mechanical damages and decay that ranged between 13 to 50% and 1 to 20%, respectively, depending of the variety and the month of evaluation. Infelizmente, a melhoria da qualidade das maçãs brasileiras ofertadas não tem resultado em majoração proporcional do retorno financeiro aos produtores e à ‘indústria’ de maçãs, devido primeiramente ao aumento dos custos de produção ocorrida nas últimas décadas (PÉRÈS, 2009). Pesquisa recente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA, 2011) evidencia que aproximadamente 60% dos consumidores brasileiros se dispõem a substituir o consumo de frutas por outros alimentos, tais como laticínios, produtos de padaria e guloseimas quando a qualidade e/ou os preços se distanciam de suas expectativas. O presente trabalho foi realizado para avaliar a qualidade de maçãs nos supermercados brasileiros em função do mês e explorar possíveis relações entre qualidade, preço e região de consumo
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