Abstract

O objetivo deste artigo é verificar as variáveis de impacto na demanda internacional por carne bovina entre janeiro de 1995 e junho de 2013. O método utilizado foi de Mínimos Quadrados Ordinários com Quebras, obtendo-se quatro quebras, cinco regimes. As variáveis independentes na regressão foram os preços de exportação e internos das carnes de bovinos, frangos e suínos, além da renda e da taxa de câmbio. No primeiro regime, a demanda por carne bovina foi elástica em relação aos preços, tanto interno quanto externo, da carne de frango e preço interno da carne bovina. Porém, a elasticidade-renda foi mais significativa. No segundo regime, a relação de preços externos foi inelástica. A elasticidade-renda foi significativa neste regime e houve impacto da taxa de câmbio. No terceiro regime, a demanda foi inelástica em relação aos preços externos das carnes de frango e bovina e elástica aos preços internos das mesmas carnes. A taxa de câmbio também teve impacto significativo. No quarto regime, a demanda foi elástica em relação ao preço interno e inelástica em relação aos preços externos e internos do frango. A renda passa a ser novamente significativa. No quinto regime, a demanda é elástica em relação ao preço externo dos suínos, interno do bovino e à renda. Houve tendência significativa de crescimento no segundo regime e de recessão no primeiro e terceiro regimes.

Highlights

  • Resumo: O objetivo deste artigo é verificar as variáveis de impacto na demanda internacional por carne bovina entre janeiro de 1995 e junho de 2013

  • A elasticidade reflete o percentual de variação da demanda em função do percentual de variação no preço ou na renda (PINDICK e RUBINFELD, 2006, VARIAN, 2010)

  • A variância do erro μt neste modelo, não precisa ser constante, desde que as quebras de variância sejam coincidentes com as quebras nos parâmetros da regressão (BAI e PERRON, 2003)

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Summary

Introdução

O processo de liberalização da economia brasileira teve início na década de 90, quando foi eliminada grande parte das restrições não tarifárias. Segundo dados do USDA (2013), no Brasil, o crescimento do volume de produção da carne bovina de 1995 para 2012 foi de 48%, das exportações foi 568% e do consumo 31%. Gallet (2010, 2012) e Resende Filho et al (2012) ressaltam a importância de estudos sobre elasticidade da demanda em diferentes regiões do mundo como instrumento de auxílio na formulação de políticas públicas e de estratégias empresariais para incentivo ao consumo de carnes. O mesmo ocorre com pesquisas sobre relações entre preços e demanda de carnes brasileiras no mercado internacional, especialmente de carne bovina. O objetivo deste trabalho é verificar as variáveis de impacto na demanda internacional por carne bovina entre janeiro de 1995 e junho de 2013. Na seção dois é apresentado o mercado internacional da carne bovina brasileira.

O comércio internacional da carne bovina
Modelo teórico de elasticidade
Testes econométricos
Mínimos Quadrados com Quebras
Modelo empírico e fontes de dados
Resultados e discussão
Considerações finais
Findings
Referências bibliográficas
Full Text
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