Abstract

Esse estudo teve como objetivos desvelar os elementos do cuidado humanizado presentes no encontro entre enfermeiro, família e criança com câncer, identificar a percepção desses enfermeiros quanto à humanização da assistência e verificar em que situações o enfermeiro percebe que a humanização está ancorada ao cuidado. Trata-se de estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. Utilizou-se como referencial teórico a Teoria do Cuidado Humano de Watson. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada com nove enfermeiros de um hospital público especializado em oncologia pediátrica em São Paulo. Os resultados apontaram para o fenômeno "Desvelando o cuidado humanizado dispensado à família e à criança com câncer". Os elementos teóricos emergiram das descrições de eventos clínicos ou situações apresentadas pelos enfermeiros. Os dados permitiram reflexões sobre possibilidades de construção do processo humanístico interpessoal no ambiente de cuidado na oncologia pediátrica e de avanços e limitações quanto à aplicabilidade deste referencial na prática.

Highlights

  • Desde o inicio do século XXI, um forte movimento vinculado à humanização tem permeado discussões na área de saúde

  • O tempo de atuação na área de oncologia pediátrica variou de dois meses a um ano e seis meses

  • A percepção do enfermeiro sobre o cuidado humanizado traz elementos fundamentais para as relações humanas e estão consistentes com os processos caritas de Jean Watson,[19] bem como com a discussão acerca do cuidado e humanização, que vem crescendo com a Política Nacional de Humanização (Humaniza/SUS),[1] enfocando aspectos como: a individualidade das pessoas, a escuta atenta, a valorização das crenças, da comunicação e a presença genuína.[6]

Read more

Summary

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo nove enfermeiros, identificados pelos números em sequência: Enf. 1, Enf. 2, Enf. 3, Enf. 4, Enf. 5, Enf. 6, Enf. 7, Enf. 8 e Enf. 9. Um era do sexo masculino e oito eram do sexo feminino, com idade variando de 24 a 28 anos. Quanto ao tempo de formação, a média foi de dois anos e quatro meses. O tempo de atuação na área de oncologia pediátrica variou de dois meses a um ano e seis meses. Três nunca trabalharam em outra área e os outros seis apresentavam diferentes experiências profissionais prévias como: oncologia com adultos, centro obstétrico, unidade básica de saúde, hematologia e diagnóstico por imagens. Quatro enfermeiros se declararam católicos, quatro evangélicos e um espírita

Os depoimentos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call