Abstract

A companhia aérea de bandeira TAP consolidou no imaginário nacional durante bastante tempo uma certa ideia de país evoluído, e como tal mais próximo das democracias europeias saídas da Segunda Guerra Mundial. Imagem essa assente numa (factual) ideia de segurança e avanço tecnológico que funcionou como antídoto para o atavismo que reinava à beira mar plantado - um pequeno motivo de orgulho nacional. A empresa, actualmente com quase oitenta anos de existência, atravessou muitos contextos socioculturais, tendo essa imagem flutuado umas vezes ao sabor e outras contra a corrente do regime. O presente artigo apresenta dois casos de estudo em design de comunicação de duas das maiores agências de publicidade à época em Nova Iorque, contrapondo duas imagens de Portugal muito distintas. Imagens criadas por “gringos” e “para gringos verem”1. Estes acontecimentos têm lugar num período importante da história do século XX português: a “Primavera Marcelista”, uma utopia propagandística que antecipava o “dobre a finados”2 do regime.

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