Abstract

Este artigo insere-se na incipiente literatura sobre discriminação racial no Brasil. De modo análogo à contribuição de Soares (2000), utilizamos a decomposição de Oaxaca-Blinder ao longo da distribuição de salarios na PNAD de 1996 para mensurar o componente de discriminação no diferencial de salários entre brancos e negros, incluindo controles para persistência de desigualdades educacionais. De outra parte, reconhecendo as diferenças econômicas e de composição racial entre regiões no Brasil, estabelecemos um perfil comparativo da discriminação no Nordeste e no Sudeste. Os resultados confirmam o perfil ''elitista'' da discriminação racial, identificado por Soares, mas esclarecem que parte do componente atribuido à discriminação no mercado de trabalho deve-se à persistência de desigualdades educacionais entre raças. Quanto ao perfil regional, conclui-se que o mercado de trabalho é um locus mais importante do problema racial no Sudeste do que no Nordeste, embora o perfil elitista esteja presente em ambas as regiões.

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