Abstract

Este artigo destaca a participação das crianças pequenas e a relação de reciprocidade da infância com a sociedade de classes. Tem como ponto de partida pesquisa de doutorado e fundamentado na Sociologia da Infância, explora os impactos da Pandemia de Covid-19 na vida e educação das crianças pequenas. Trata das infâncias no plural por entender que, para além da diversidade presente em nosso país, há também diferentes focos de análise sobre este grupo social. Conclui que apesar de, do ponto de vista médico e da saúde, as crianças serem menos suscetíveis aos danos causados pelo vírus, a infância como categoria social é das mais afetados pela crise do capital que, embora já estivesse em andamento, teve na crise sanitária uma consequência agravante em razão do isolamento social que potencializou a queda da renda familiar, o desemprego e a precarização do trabalho. Essa situação aprofundou as desigualdades sociais e colocou as brasileirinhas e brasileirinhos em perigo.

Highlights

  • This article highlights the participation of young children and the reciprocal relationship of childhood with class society

  • No decorrer do isolamento social li em um artigo de Alessandra Caneppele (2020) a seguinte frase: “No vão entre a patroa e a babá, os filhos do Brasil continuam a cair mortos” e não poderia deixar de transcrevê-la aqui porque a vejo como uma síntese das repercussões da desigualdade social brasileira e de como ela afeta as crianças

  • E as crianças têm suas vidas ameaçadas de diferentes formas: pelo vírus, mesmo não sendo o grupo nomeado como de risco; pela fome, já que sofrem de forma aguda os efeitos do desemprego, “uberização1” e precarização do trabalho; e pela violência, uma vez que são elo mais frágil da estrutura familiar e social

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Summary

Introduction

This article highlights the participation of young children and the reciprocal relationship of childhood with class society. Com a crise sanitária e epidemiológica cuja doença Covid-19 causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2 e a necessidade do isolamento social, como única alternativa relativamente eficaz para conter a disseminação do vírus que, no Brasil, em nenhum momento foi atingido o índice necessário para o efetivo controle do contágio que poderia mitigar o número de óbitos.

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