Abstract

O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo, a produtividade e a sobrevivência do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims) enxertado sobre três porta-enxertos, em área com histórico de morte prematura de plantas. O experimento foi conduzido no município de Adamantina-SP, no período de maio de 2006 a fevereiro de 2007, adotando-se o delineamento de blocos ao acaso, com três tratamentos e sete repetições. Os porta-enxertos avaliados foram Passiflora edulis, P. alata e P. gibertii, utilizando-se da enxertia convencional por garfagem tipo fenda cheia. Avaliaram-se o diâmetro do caule do porta-enxerto e do enxerto, o comprimento do entrenó e dos ramos secundários, o número de ramos terciários e o de frutos, a massa média, o diâmetro e o comprimento médio dos frutos, a produtividade e a sobrevivência de plantas. Os resultados demonstraram que o uso da enxertia no maracujazeiro é uma opção viável como meio de propagação vegetativa, assim como forma de controle de alguns patógenos habitantes do solo, um dos problemas que têm limitado a expansão da cultura. As plantas enxertadas sobre P. edulis apresentaram melhor desenvolvimento inicial, seguido de P. gibertii e de P. alata. A menor produtividade ocorrreu em plantas sobre P. alata. Mesmo com a presença de Fusarium solani e Rotylenchulus reniformis nos solos, 91% das plantas enxertadas sobre P. gibertii sobreviveram após 12 meses de plantio no campo, enquanto em P. alata e P. edulis, esses índices foram de 60% e 8,6%, respectivamente, mostrando assim a maior tolerância às doenças causadas por patógenos habitantes do solo por P. gibertii.

Highlights

  • A morte prematura de plantas, doença que está associada a fungos habitantes do solo, como Fusarium oxysporum Schl f. sp. passiflorae, F. solani (Mart.) Sacc. e Phytophthora cinnamomi Rands e à bactéria Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae (Pereira) Dye, constitui-se em um sério problema para a cultura do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims) (CHAVES et al, 2004; FISCHER et al, 2005; CAVICHIOLI et al, 2009b), responsável pela redução de área plantada e pelo caráter itinerante da cultura

  • A maior sobrevivência no campo ocorreu com as plantas enxertadas sobre P. gibertii (91%), seguida de P. alata (60%) (Tabela 6)

  • YAMASHIRO, T.; LANDGRAFF, J.H. Maracujáaçu (Passiflora alata Ait), porta-enxerto resistente à fusariose do maracujazeiro

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado no município de Adamantina-SP, na região da Nova Alta Paulista e conduzido em uma área com histórico de morte prematura de plantas (100% de incidência), localizada a 413 m de altitude, 21o39’S de latitude e 51o05’W de longitude, no período de maio de 2006 a fevereiro de 2007. De acordo com o resultado da análise de solo realizada antes do plantio (Tabela 1), foram efetuadas as recomendações de adubação e calagem para a cultura, seguindo Piza Júnior et al (1996). As plantas foram conduzidas com um único ramo vegetativo (ramo primário) até atingir o fio de arame, sendo que as brotações laterais foram eliminadas. O controle das ervas daninhas foi realizado por capina manual na linha, e as entrelinhas foram mantidas vegetadas com gramíneas, sendo roçadas sempre que necessário. Avaliaram-se, nas plantas de maracujazeiroamarelo enxertadas em P. edulis, P. gibertii e P. alata, os seguintes parâmetros: diâmetro do caule do porta-enxerto, diâmetro do caule do enxerto, comprimento do entrenó e dos ramos secundários, número de ramos terciários (verticais), número de frutos/planta, produtividade, massa média de frutos, diâmetro e comprimento médio dos frutos e sobrevivência de plantas. Adotou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, com três tratamentos, sete repetições e cinco plantas por parcela

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diâmetro do caule do enxerto
Ramos terciários
Findings
Comprimento de fruto Diâmetro de fruto
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