Abstract

Como fenomeno social, economico, cultural e espacial, o turismo no Brasil vem produzindo geografias particulares relacionadas a equipamentos e servicos tais como operacao e agenciamento de viagens, a infraestrutura hoteleira, as residencias secundarias, a cruzeiros maritimos e, consequentemente a fluxos turisticos pelo territorio nacional. Essas geografias do turismo no pais sao compreendidas, nesta analise, como causa e consequencia do chamado desenvolvimento desigual, tal como discutido contemporaneamente por Smith (2008). Neste sentido, buscamos para alem de supostas determinacoes culturais, apreender, atraves de uma economia politica do territorio, logicas engendradoras das espacialidades assumidas pelo turismo enquanto atividade economica no Brasil. No que tange a metodologia da analise, buscamos no materialismo historico e dialetico as bases para a interpretacao deste fenomeno complexo e de importância social e economica crescente, que e o turismo. A nocao de desenvolvimento desigual enquanto “expressao geografica sistematica das contradicoes inerentes a propria construcao e estrutura do capital” (SMITH, 2008: 4) constitui pilar conceitual sobre o qual assentamos nossa analise. Alem disso, consideramos que a nocao de desenvolvimento desigual constitui chave interpretativa central para a compreensao do lugar do turismo no processo conflituoso e contraditorio de producao do espaco. Como resultados desta analise, destacamos a expressiva concentracao espacial de equipamentos e de fluxos turisticos no Brasil enquanto produtos historicos de processos de concentracao e centralizacao do capital na sua relacao com distintas Divisoes Sociais e Territoriais do Trabalho distribuidas ao longo do tempo e materializadas no espaco.

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