Abstract

Foi avaliado o desempenho de novilhos mantidos em pastagens de capins elefante e mombaça no período de outubro a dezembro de 2006. Adotou-se o sistema de pastejo rotacionado, com oferta regulada de forragem. A área experimental consistia de duas repetições contendo 18 piquetes de 0,25 ha cada, divididos em nove piquetes formados de capim-elefante e nove com mombaça. Os efeitos de tratamentos foram as espécies forrageiras, a repetição de área, a interação entre estes, piquetes dentro da interação e o erro experimental. Este modelo foi usado para analisar os atributos do pasto. Para analisar o consumo, a digestibilidade e o ganho, foram aleatoriamente alocados 24 novilhos para as respectivas interações entre forragem vs. repetição vs. sistema de pastejo, o que totalizou três animais por interação tripla. Os sistemas de pastejo consistiram de pastejo ad libitum (AL) e restrito (PR). O capim-elefante apresentou maior biomassa de matéria seca total (BT) e biomassa de matéria seca verde foliar (BFV). Não houve diferença entre as forrageiras quanto à produção de biomassa de matéria seca verde foliar, no entanto a proporção de folhas foi maior no capim-mombaça. As extrusas apresentaram composição bromatológica semelhante. Apenas o consumo de proteína bruta diferiu entre as forrageiras, sendo este maior para o pasto de mombaça. A alimentação à vontade possibilitou maior consumo de todos os nutrientes em ambas as pastagens. A digestibilidade dos nutrientes foi maior para o capim-elefante, mas não diferiu entre os níveis de alimentação: apenas o teor em proteína bruta foi maior no pasto onde o pastejo foi restrito e o teor de energia bruta do pasto foi maior para o sistema de pastejo à vontade. Apesar das diferenças qualitativas e quantitativas entre as forrageiras, não foram encontradas diferenças quanto ao ganho em peso por animal e por área. Entre os animais com alimentação à vontade, o ganho médio em massa corporal foi de 850 g/dia e o ganho por área de 246 kg/ha durante o período experimental.

Highlights

  • Dotado de características climáticas e extensão territorial favoráveis à pecuária de corte, o Brasil é um dos maiores produtores de carne bovina, possui o maior rebanho comercial do mundo e, nos últimos anos, vem se firmando como o maior exportador de carne

  • A taxa de lotação, comumente expressa em unidade animal ou número de animais por hectare, não indica por si nenhum atributo da pastagem

  • RIBEIRO, E.G. et al Influência da irrigação, nas épocas seca e chuvosa, sobre a produção e a composição química dos capins Napier e Mombaça submetidos lotação intermitente

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Summary

Revista Brasileira de Zootecnia

Carolina de Souza Garcia, Alberto Magno Fernandes, Carlos Augusto de Alencar Fontes, Ricardo Augusto Mendonça Vieira, Nivaldo de Faria Sant’Ana, Viviane Antunes Pimentel. A digestibilidade e o ganho, foram aleatoriamente alocados 24 novilhos para as respectivas interações entre forragem vs repetição vs sistema de pastejo, o que totalizou três animais por interação tripla. Não houve diferença entre as forrageiras quanto à produção de biomassa de matéria seca verde foliar, no entanto a proporção de folhas foi maior no capim-mombaça. Apenas o consumo de proteína bruta diferiu entre as forrageiras, sendo este maior para o pasto de mombaça. A digestibilidade dos nutrientes foi maior para o capim-elefante, mas não diferiu entre os níveis de alimentação: apenas o teor em proteína bruta foi maior no pasto onde o pastejo foi restrito e o teor de energia bruta do pasto foi maior para o sistema de pastejo à vontade. Entre os animais com alimentação à vontade, o ganho médio em massa corporal foi de 850 g/dia e o ganho por área de 246 kg/ha durante o período experimental

Performance of steers raised on pastures of Elephant and Mombasa grasses
Material e Métodos
Resultados e Discussão
Nível de alimentação
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