Abstract
A produção de matéria seca de pastagens anuais de inverno normalmente é baixa em virtude da limitação de nutrientes disponíveis no solo, a qual pode ser corrigida com o uso de esterco líquido de suínos (ELS). Realizou-se um experimento, de maio a novembro de 2003, visando avaliar a eficiência do esterco líquido de suínos sobre a produção de matéria seca e N-cobertura vegetal da mistura de aveia e azevém, bem como sobre alguns atributos químicos de um Latossolo Vermelho distroférrico, nas camadas de 0-5, 5-10 e 10-20 cm. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, sendo constituído por quatro tratamentos, 0, 20, 40 e 80 m³ ha-1 de ELS, aplicados aos 48 e aos 116 dias após emergência das culturas. A aplicação de 80 m³ ha-1 resultou em aumento de 34 % de matéria seca acumulada em relação à testemunha. À medida que as doses de ELS foram aplicadas, houve aumento dos teores de N mineral apenas na camada de solo de 0-5 cm de profundidade. A aplicação de ELS influenciou o aumento dos teores de K no solo apenas na camada de 0-5 cm de profundidade e provocou aumento no pH e diminuição do Al3+ trocável até 20 cm de profundidade. Houve aumento na quantidade de N na cobertura vegetal conforme as doses de ELS aplicadas, com acréscimo de 0,09 mg dm-3 para cada m³ de ELS aplicado.
Highlights
Produção de matéria seca da mistura forrageira de aveia mais azevém, coletada aos 68 (1o corte), 89 (2o corte) e 156 (3o corte) dias após emergência (DAE), e massa seca acumulada em função de doses crescentes de esterco líquido de suínos
Teores de N mineral no solo, aos 156 dias após emergência da mistura forrageira de aveia mais azevém, em função de doses crescentes de esterco líquido de suínos e profundidade de amostragem
Diferentemente, Ceretta et al (2003) constataram diminuição dos teores de K no solo com aplicação de dejetos de suínos até a profundidade de 20 cm, o que foi justificado pela alta taxa de absorção de K pela pastagem natural e conseqüente maior exportação de K da área quando aplicado o esterco líquido de suínos (ELS), uma vez que a adição de outros nutrientes na pastagem, como N e P, provavelmente provocou maior demanda de K do solo, quando comparado àquelas parcelas que não receberam adubação orgânica
Summary
O experimento foi realizado de maio a novembro de 2003, na área experimental pertencente à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), situada no município de Pato Branco, região sudoeste do Estado. Antes da instalação do experimento, foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0–5, 5–10 e 10–20 cm, para caracterização química da área experimental (Quadro 1). Os tratamentos foram quatro doses de ELS (0, 20, 40 e 80 m3 ha-1), aplicadas aos 48 e 116 dias após emergência (DAE) das culturas. Durante o ciclo de desenvolvimento das espécies, foram realizados três cortes para quantificação da produção de massa seca (MS), aos 68, 89 e 156 DAE. Após o segundo e terceiro cortes, coletaram-se amostras de solo, nas profundidades de 0–5, 5–10 e 10–20 cm, para análise de N-NO3-, N-NH4+, K e Al trocáveis, MO e pH do solo, de acordo com métodos descritos por Pavan & Miyazawa (1996). Atributos químicos e quantidades aplicadas do esterco líquido de suínos (ELS) na mistura forrageira de aveia mais azevém
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