Abstract

Resumo O artigo tem como objetivo analisar as formulações de Florestan Fernandes sobre o mito da democracia racial brasileira e problematizar os dados recentes sobre desemprego, encarceramento e homicídios no Brasil com base na referida fundamentação teórica. Trata-se de uma análise bibliográfica e documental derivada de projeto de pesquisa desenvolvido em uma rede de pesquisadores da área da Educação. Conclui que um dos desafios éticos e políticos para a ruptura com o capitalismo encontra-se na crítica ao mito da democracia racial que, encobrindo a intolerância racial e mantendo uma superpopulação excedente excluída ou incluída de forma subalternizada no mercado de trabalho, expressa a sua funcionalidade na ordem burguesa, particularmente em um país capitalista dependente como o Brasil.

Highlights

  • The objective of this article is to analyze the formulations of Florestan Fernandes about the myth of Brazilian racial democracy and problematize recent data about unemployment, imprisonment and homicides in Brazil, based on this theoretical foundation

  • Dialogando com a tradição marxista, Florestan Fernandes utiliza os conceitos de padrão dual de expropriação do excedente econômico e padrão compósito de hegemonia burguesa como elementos teóricos para examinar o capitalismo dependente e a heteronomia racial a ele associada

  • Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n° Campus do Gragoatá - Bloco E - São Domingos Niterói – Rio de Janeiro – Brasil CEP: 24.210-201

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Summary

Kátia Regina de Souza Lima

Resumo: O artigo tem como objetivo analisar as formulações de Florestan Fernandes sobre o mito da democracia racial brasileira e problematizar os dados recentes sobre desemprego, encarceramento e homicídios no Brasil com base na referida fundamentação teórica. Trata-se de uma análise bibliográfica e documental derivada de projeto de pesquisa desenvolvido em uma rede de pesquisadores da área da Educação. Conclui que um dos desafios éticos e políticos para a ruptura com o capitalismo encontra-se na crítica ao mito da democracia racial que, encobrindo a intolerância racial e mantendo uma superpopulação excedente excluída ou incluída de forma subalternizada no mercado de trabalho, expressa a sua funcionalidade na ordem burguesa, particularmente em um país capitalista dependente como o Brasil. Ethical Challenges, the Politics of Class Struggle and the Myth of Racial Democracy in Florestan Fernandes

Considerações Finais
Findings
Referências bibliográficas
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