Abstract

A pandemia de COVID-19 expôs diversas fragilidades no sistema de saúde brasileiro, revelando desafios logísticos, organizacionais e estruturais significativos. O objetivo deste estudo foi analisar os principais obstáculos enfrentados pelo Brasil na resposta à pandemia, com foco na desinformação, na gestão da vacinação e no fortalecimento do sistema de saúde. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura utilizando bases de dados reconhecidas, como PubMed, Scopus e Web of Science. A busca incluiu descritores específicos relacionados à COVID-19 e ao contexto brasileiro, sendo aplicados critérios de inclusão e exclusão para selecionar estudos relevantes publicados entre 2020 e 2024. Os resultados indicaram que a desinformação desempenhou um papel crucial na adoção de medicamentos não comprovados, desviando a atenção e recursos de tratamentos validados. A campanha de vacinação enfrentou desafios logísticos, como a falta de uma cadeia de frio adequada e a distribuição desigual de vacinas, além de resistência da população devido à desinformação. A sobrecarga do sistema de saúde, a escassez de recursos humanos e materiais, e as desigualdades regionais agravaram a situação, dificultando a oferta de cuidados adequados em várias partes do país. Conclui-se que a pandemia evidenciou a necessidade de investimentos contínuos e estratégicos na infraestrutura de saúde, além de uma comunicação clara e baseada em evidências para combater a desinformação. Sugere-se a realização de estudos futuros que avaliem a eficácia das adaptações implementadas durante a pandemia, como a telemedicina, e explorem melhorias na alfabetização digital da população para aumentar a adesão às práticas de saúde pública.

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