Abstract

Resumo Uma organização, ao mudar de diretor, corre o risco de ver modificado seu modo de gestão. Neste caso para ensino, a mudança de diretoria de um museu comunitário tornou-se uma situação-problema ao confrontar dois modelos distintos de gestão. De um lado, um mais horizontal, baseado em processos de autonomia de grupos que se articulam em rede, e, do outro, uma mais vertical e centralizadora de processos e poderes. O foco recai sobre uma instituição que é referência da museologia comunitária no contexto europeu: o Museu do Traje de São Brás de Alportel (Portugal). O dilema nos permite compreender e aprender sobre novas dinâmicas participativas no campo da gestão museal, identificando de forma mais específica práticas de mobilização e potencialização da participação social, bem como as competências coletivas necessárias para uma liderança compartilhada. O caso busca contribuir com a formação de gestores e lideranças comunitárias que se confrontam, frequentemente, com a ausência de instrumentos adequados no momento de levar adiante um projeto coletivo de natureza cultural como é o museu comunitário. Além disso, o caso pode ser útil a todos os interessados nas questões da gestão participativa de organizações.

Highlights

  • Relevância maior à equipe técnica gabaritada em Opção pela ação com a comunidade e equilíbrio entre detrimento do apoio comunitário os diversos saberes e experiências

  • O exercício de um tipo de liderança compartilhada pelo antigo gestor enfrentava os fatores críticos que o desenvolvimento de competências coletivas que a atual liderança enfrenta, justamente em decorrência desse pensamento predominante do modelo linear, mecanicista e hierarquizado (Cabral & Seminotti, 2009), que subsidia a própria Fundação

  • How can museums contribute to social and cultural change?

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Summary

Challenges to Participatory Management at the São Brás Museum in Portugal

Museu do Traje, São Brás de Alportel Universidade Federal da Bahia Universidade de Coimbra. Para os que não me conhecem, sou Antonio Braga, o presidente da Fundação Joaquim Viegas Mendonça, que tem a tutela administrativa do Museu do Traje de São Brás. Em uma semana de ausência, numa vila com cerca de 5 mil habitantes, muitos ainda não sabiam que Álvaro havia se desligado da Fundação Joaquim Viegas Mendonça, que regia o Museu do Traje. Apesar de contar com vários colaboradores e voluntários em torno dos Amigos, a equipe do Museu do Traje de São Brás de Alportel (MuT) era pequena (Figura 1). Para finalizar o seu pronunciamento, Dr Filipe propunha uma reunião no dia seguinte com toda a equipe, para alinhar expectativas e expor o novo plano de reestruturação da gestão do museu.

De qual participação estamos falando?
Podemos Reconstruir a Participação do Passado no Presente?
Notas de Ensino
Objetivos didáticos
Sugestão para um plano de ensino
Questões para Discussão
Construção de organograma verticalizado
Flexibilidade de funções e incentivo à polivalência das competências individuais
Simplificação dos processos internos
Indicações Bibliográficas
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