Abstract
Este artigo se concentra em analisar duas obras da escritora portuguesa Maria Archer: Filosofia de Uma Mulher Moderna (1950) e Há-de haver uma lei (1949), com o objetivo de destacar e examinar o papel central das personagens femininas em busca de liberdade intelectual, física e sexual, dentro de um contexto de uma sociedade permeada pelo machismo. Para compreender esse protagonismo, conduziu-se uma análise das personagens femininas em diversas novelas de Archer, revelando a situação da mulher em um sistema hegemônico, coercivo e patriarcal, que perpetua dinâmicas de poder, submissão, opressão e violência. Nesse processo, utilizaram-se os estudos de Bourdieu (2002) e Lipovetsky (1997) como base teórica, abordando tópicos relacionados à dominação masculina, feminismo e ao empoderamento das mulheres. Ao longo dessa investigação, tornou-se evidente que as personagens femininas estão em constante luta por liberdade. Contudo, devido à opressão presente no contexto das obras, torna-se difícil alcançar plenamente essa liberdade nos aspectos intelectual, físico e sexual. Em suma, as personagens enfrentam obstáculos complexos e arraigados, pois a sociedade retratada nas obras limita sua capacidade de conquistar uma liberdade completa e abrangente.
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