Abstract

Este artigo tem por tema a questão da legitimidade democrática sublinhando, para tanto, os limites da democracia representativa e as potencialidades represadas dentro do espectro político atual brasileiro da ação individual e coletiva, suplantando o viés quantitativo que predomina nas análises sobre o processo democrático no Brasil. Para além das variáveis tradicionalmente assentadas na tríade voto, partidos políticos e eleições, o artigo procura demonstrar que a democracia eleitoral brasileira ainda não consolidou uma cultura política democrática, na medida em que vem solidificando um plano de diferenciação entre representantes e representados, decorrente de mandatos cada vez mais imperativos e menos afeitos ao controle e à participação dos representados. Pesquisas quantitativas, fontes primárias, secundárias e a análise de movimentos sociais recentes no cenário nacional permitiram construir a hipótese aqui trabalhada de que o processo eleitoral, por si mesmo, não responde pela construção e consolidação de uma democracia plural e participativa.

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