Abstract

Nesse artigo avalio a respeitabilidade do delírio enquanto categoria psiquiátrica—um estatuto que é discutivelmente colocado em perigo pelo fato de que a detecção e a atribuição do delírio parecem se derivar não da classificação causal, mas sim da aplicação do que podemos chamar ‘psiquiatria do senso comum’ (folk psychiatry). Primeiramente, examino a questão de se tipos psiquiátricos, como um todo, atendem às demandas requeridas para que um tipo seja uma distinção objetiva na natureza. Introduzo um sentido liberal no qual espécies biológicas, bem como categorias psiquiátricas, podem ser vistas como tipos naturais— a saber, o modelo de agrupamentos homeostáticos de propriedades. Subsequentemente, apresento e avalio como modelos da detecção e atribuição de transtornos mentais podem ter impacto mesmo sobre uma compreensão liberal do delírio como um tipo natural. Finalmente, concluo argumentando em favor de uma compreensão da categoria do delírio em geral como um tipo da psicologia do senso comum recomendando, por sua vez, uma metodologia de tipos naturais para a investigação de subtipos de delírio.

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