Abstract

A maioria do patrimônio cultural construído na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, é feito de gnaisse ou granito, e a exposição das fachadas ao ambiente poluído leva a uma forte degradação. Para entender estes processos meteorológicos, foram estudados cinco edifícios históricos na cidade. Estes exibiram manchas de ferro, desintegração granular, bolhas, fraturas incipientes e escamação de contornos e desenvolvimento de crosta negra. As amostras coletadas nestes edifícios foram examinadas na tentativa de compreender os mecanismos da meteorologia de superfície. Amostras de rochas foram coletadas em áreas que apresentavam sérios sintomas de decomposição de rochas. O conteúdo de ânions e cátions dos materiais de construção foi avaliado por espectrometria AA e análise cromatográfica de íons. As amostras também foram estudadas por microscopia de emissão de campo (SEM), análise petrográfica e pelo seu conteúdo biológico por SEM e análise de DNA usando Illumina Mi-Seq Next Generation Sequencing. Todas as análises químicas mostraram altas concentrações de sais solúveis, tais como halita e gesso, que desempenham um papel muito importante na resistência à intempérie da pedra. A FE-SEM com análise dispersiva de energia permitiu a detecção dentro da rocha de fungos filamentosos esparsos, grupos de células bacterianas, diatomáceas raras e bactérias filamentosas fotossintéticas especialmente interessantes incrustadas com gesso reprecipitado, mostrando a participação de microrganismos na degradação da pedra.

Highlights

  • A maioria do patrimônio cultural construído na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, é feito de gnaisse ou granito, e a exposição das fachadas ao ambiente poluído leva a uma forte degradação

  • O conteúdo de ânions e cá ons dos materiais de construção foi avaliado por espectrometria AA e análise cromatográfica de íons

  • Quando ficam expostas à super cie, porém, encontram diferentes regimes de temperatura e pressão, e são expostas recentemente a uma série de substâncias como a água, gases atmosféricos e organismos vivos

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Summary

INTRODUÇÃO

Uma parte substancial do património tangível mundial é construída a par r de rochas (Scheerer et al, 2009). No exterior dos edi cios, o impacto dos gases ambientais, par culas liberadas pela combustão de combus veis fósseis e de organismos biológicos aéreos leva à formação de crostas negras e outros efeitos esté cos indesejáveis, podendo também comprometer a integridade dos materiais (Esbert et al, 2001; Moropoulou et al, 2001; Bonazza et al, 2005; Sanjurjo Sánchez et al, 2009; Xu et al, 2010). Em outros lugares do estado do Rio de Janeiro, em ambientes industriais e urbanizados, Quiterio et al (2004) iden ficaram, na ausência de controles rigorosos de emissões, concentrações de metais pesados e ves gios de par culas em suspensão no ar que a ngem níveis significa vamente superiores aos geralmente registrados para áreas semelhantes em todo o mundo. O obje vo deste estudo é examinar os principais agentes que afetam a degradação de alguns edi cios históricos importantes no centro do Rio de Janeiro (Figura 1)

CONDIÇÕES DO MEIO AMBIENTE
Amostragem e métodos analíticos
Análise da população microbiana
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES

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