Abstract

Resumo A formação da colônia de imigrantes letões em Varpa, interior de São Paulo, iniciou em 1922. Devido às precárias condições sanitárias e de alimentação, mortes começaram a ocorrer, em especial de crianças de até 14 anos. O objetivo foi analisar textos sobre a finitude da vida, da revista Rihta Rasa, em suas publicações de 1925 e 1926. Foram analisados cinco contos e um poema que remetiam ao processo de saúde-doença-morte. Observou-se que o material deu centralidade às crianças, condição que direcionou condutas e crenças dos personagens ficcionalizados. A prática religiosa, articulada à predominância das crenças do protestantismo batista, funcionou como elo entre os membros da comunidade, o que se expressou também em suas representações da infância e da finitude. A presença regular de tais recursos sinalizou a frequência do óbito de crianças e atualizou o emprego da retórica cristã natureza-eternidade, como forma de educar sobre as perdas, inclusive as precoces.

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