Abstract

O presente ensaio pretende abordar certas especificidades do engajamento intelectual diante da vida. Para tanto, organiza-se, de início, a partir da leitura de O espírito da ficção científica, de Roberto Bolaño, para, na sequência, interpelar como essas especificidades se apresentam na leitura cinematográfica que Pier Paolo Pasolini faz da Oresteia de Ésquilo. Traça algumas análises da questão da tragédia tanto a partir de Nietzsche como nos modos com os quais Pasolini desdobra os problemas que lê em Ésquilo em suas maneiras de enxergar seu tempo. Por fim, propõe-se a ler como esse procedimento pasoliniano, além de apontar para um modo de engajar-se intelectualmente, carrega uma potência de questionamento do funcionamento – e da falência – da política representativa contemporânea.

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