Abstract
Os autores de descrições geográficas do período moderno recorreram a várias estratégias para convencer ou especular sobre a geografia de espaços desconhecidos dos europeus ou sobre os quais tinham poucas informações. Entre um dado objetivo e concreto sobre a geografia e o falseamento deliberado havia um vasto espectro de situações. É difícil expressar em apenas um termo essa multiplicidade de casos: inexatidão, falseamento, imprecisão, erro, mentira, imaginação, fabulação. Para cada objeto, mapa ou descrição, diferentes elementos devem ser investigados a fim de compreender o resultado construído, suas motivações e efeitos. O objetivo deste artigo é identificar expressões, imagens e práticas adotadas por produtores da literatura geográfica no período moderno para atribuir veracidade e credibilidade a suas descrições. Também se apresenta, de forma ainda introdutória, como os contemporâneos se permitiam avaliar e denunciar inverdades nesses documentos.
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